“A magia na Umbanda visa tão somente o soerguimento dos assistidos que estão em estados desesperadores onde de nada adianta noções de reforma íntima; nesse momento utilizamos de processos magísticos para soerguer, acalmar e equilibrar a quem nos procuram, num processo de reequilíbrio com a mãe Natureza, para depois os evangelizarmos. Muitas vezes a magia também é utilizada com grande eficácia quando um Guia Espiritual diagnosticava a presença de magias-negras, onde acionava uma contra magia eficiente.
Terminado esses períodos cruciantes, inicia-se todo o processo de transformação moral desse assistido.
Lembre-se: qualquer tipo de magia é tão somente um paliativo; o que realmente vai resolver o caso definitivamente, é a transformação moral e evangelização contumaz.
O que refutamos, é utilizar da magia para angariar favores espirituais, barganhar, imputar nossa vontade a outros, amarrações e aí por fora, todas práticas censuráveis. Nisso não acreditamos pelo fato de que se todo humano ou mesmo Espírito pudesse fazer o que bem entendesse com tudo na Terra, a humanidade estaria perdida. Não é bem assim.
Aliás, cremos no livre arbítrio e principalmente na Lei Divina que nos torna merecedores disso ou daquilo. Não é simplesmente realizando qualquer tipo de magia, que iremos encontrar a solução de nossos problemas.”
Padrinho Juruá
Livro: MAGIAS E RITUAIS DA UMBANDA – Volume I
www.umbanda.com.br
Gazeta de Limeira, Ano 89, nº 19.510, 06/12/2019, pág. 04