Apenas a Caridade
“(…) Por esses motivos começamos a desenvolver a Umbanda, sem preconceitos, sem diferença entre indivíduos, com muito amor, caridade e sem esperar nada, mas nada mesmo em troca!
Isso é a Umbanda que eu plantei e que tem que ser vista como o pronto socorro para os seguidores das outras religiões.
Quando uma pessoa se machuca e quebra um braço, por exemplo, ela é levada imediatamente ao pronto socorro, onde, sem demora, sem mais perguntas é atendida, volta uma ou duas vezes para ver como está a fratura, depois ela retira o gesso e some do pronto socorro. Some, mas sempre se lembrará que, em uma situação difícil poderá voltar e, com certeza, será atendida novamente.
Pois bem!
Isto deve ser feito também nos Terreiros de Umbanda, onde muitas pessoas de várias religiões acabam vindo em momentos de desespero, recorrendo ao “pronto socorro espiritual” onde, sem nem mesmo se converter a nossa religião, deverá ser atendida com o mesmo carinho e atenção que qualquer outro frequentador deles. Ela também poderá ter que voltar 2 ou 3 vezes para finalizar o tratamento e depois também sumirá. Mas no fundo de seu coração será sempre
grata e sabe que se um dia precisar as portas estarão abertas a ela. (…)”
Gabriel Malagrida
Psicografia recebida por Joãozinho Galerani, Dirigente do Terreiro da Vó Benedita – Campinas. Trecho do texto publicado no Jornal Nacional de Umbanda – Edição 21, 25/09/2011.
Gazeta de Limeira, Ano 90, nº 19.873, 19/02/2021, pág. 04