Sem amarras
“Em algum momento de sua vida você já se permitiu refletir sobre as questões da vida e religiosas se despindo dos seus conceitos e pré conceitos, se despindo da sua vivência e das suas verdades? Já se permitiu olhar o espiritual sobre outra ótica? Se a resposta for não, faça esse exercício, esqueça por um minuto todas as suas convicções e dê liberdade para sua mente pensar em todas as outras possibilidades, dê liberdade para o seu coração sentir outras verdades. Porém se a sua resposta for sim, se você já se permitiu olhar o espiritual de forma mais abrangente você já se deu conta que as verdades são puramente subjetivas, você já se deu conta que a espiritualidade é algo muito maior e muito mais abrangente que o pequeno círculo visional que podemos enxergar e aceitar. Se você já se permitiu enxergar, já percebeu que as separações religiosas são puramente físicas e que cada grupo religioso só se forma separadamente por dogmas e doutrinas porque nossa carne necessita dessa setorização para absorver as missões que adquirimos, que as diferenças físicas e genéticas não servem para nos separar e nos classificar, mas para trazer a vivência da carne novos pontos de vista, nós não somos, nós estamos! E quando entendemos que aqui apenas estamos, entendemos que lutar e guerrear por esta condição é apenas uma forma de retardar nosso processo evolutivo. Fomos ensinados nessa terra a ter convicções, a lutar por elas, a se impor por elas, pois isso nos torna fortes e seguros de quem somos, mas já pararam pra pensar o que serão dessas convicções quando partirmos desse plano? As convicções terrenas de nada servem no astral, a não ser para nos fazer enxergar que nada sabemos ainda… Para a espiritualidade as amarras não existem, para a espiritualidade as separações não existem, não existem vítimas e algozes, quem somos realmente é a soma das ações que tomamos, somos aquilo que causamos a nós mesmos. A vida terrena é apenas uma pequena fase de um espírito, um pequeno instante de sua existência e pela falta proposital dessa visão geral, o espírito encarnado se perde em sua própria humanidade, brigando pra ser reconhecido como quem está e se esquece de tentar entender quem realmente é e será.”
Um sopro de entendimento de vó Joaquina de Aruanda.
fonte: facebook.com/Grupo Estudos De Umbanda Ofc
Gazeta de Limeira, Ano 90, nº 19.891, 05/03/2021, pág. 04