No Silêncio da Banda, Saravando o Congá
“Nosso respeito e admiração àqueles que nada se consideram perante o Astral e que seguem trabalhando silenciosamente, tanto no terreiro quanto no dia a dia principalmente.
Pois ainda é raro ver indivíduos que abdicam da sua autoria nas obras da espiritualidade e reconhecem a pena do Astral, adestrando e coordenando suas mãos por vezes hesitantes para o trabalho junto à Banda.
E assim, passam a compreender devagarinho que o silêncio não é meramente a ausência de palavras, mas a própria dissolução da dicotomia agente versus ação, no trabalho mediúnico.
Isto é, não existe um ego que faz, existe somente uma passagem, existe somente o fenômeno espiritual em ação, através e junto do médium, em unidade com ele, existe a fusão, existe o AUM.
Talvez a maior dificuldade no fenômeno mediúnico, seja a separação feita entre agente e ação, acrescida do ego que passa a ter a crença de que ele é o agente causal do fenômeno espiritual, e não mais uma passagem.
Salve a Banda no silêncio de nossos Congares…
Santa Paz”
Tarso Bastos
Gazeta de Limeira, Ano 91, nº 20.517, 07/04/2023, pág. 06
Para ler todas as 115 mensagens publicadas até hoje acesse:
https://confrariadospretosvelhosdeumbanda.org/mensagens-de-umbanda-na-gazeta-de-limeira/