Autocontrole do Médium
“No ato Mediúnico Psicomotor, o médium empresta seu sistema motor ao Espírito, que lhe transmite seus pensamentos e também sensações, através da ligação fluídica entre o seu Perispírito, e o Perispírito do médium. É um ato de amor e de caridade, e o médium psicomotor deve compreender a importância de sua comunhão momentânea com os Espíritos elevados, que vem nos trazer conforto e ensinamentos. Os médiuns com possibilidade de grande expansão de energias do Perispírito. são mais flexíveis, e sentem com maior intensidade a troca fluídica que se opera entre o Perispírito do médium e o Perispírito do Espírito comunicante. Daí o médium sentir vontade de chorar, quando está ligado a um Espírito em sofrimento; ou sentir raiva e revolta, se está ligado a um Espírito violento; de sentir o corpo ereto e vibrante na presença de um Caboclo; de sentir o peso da idade na presença de um Preto-Velho. Mas, salvo nos casos de mediunidade inconsciente, nas Sessões de Descarrego e/ou Desobsessões) o médium deve manter o autocontrole, e conter a manifestação do Espírito, não cedendo a impulsos de grosseria, esgares, desarmonias, excentricidades, estertores exagerados ou quaisquer atos que viriam a tumultuar o ambiente. Nos casos das manifestações de Guias, Protetores e Tarefeiros Espirituais, o médium, em seu animismo, deve ater-se a exteriorização dos arquétipos regionais de forma harmoniosa, sem exageros nas dramatizações, pois pode correr o risco de externar excentricidades desnecessárias, o que com certeza é de fundo emocional do medianeiro, configurando atuação circense. Isto não é tarefa fácil, especialmente para um médium em desenvolvimento.”
Padrinho Juruá
Livro: Código de ética e conduta dos médiuns de atendimento fraterno umbandista.
Gazeta de Limeira, Ano 93, nº 20.579, 23/06/2023, pág. 06
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