A MISSÃO DA UMBANDA*
“Boa noite!
A missão da Umbanda é socorrer todos aqueles que necessitam, sem exceção. Isso vale para encarnados e desencarnados. É um ponto de luz neste mundo, nesta História, no momento em que vivemos. “Mas, Seu Zé, assim não deveriam ser todas as religiões?” Sim, e Seu Zé não fala mal de nenhuma, mas muitas se perderam em dogmas, em pompas e, aos poucos, se recuperam para prestar o serviço para o qual vieram.
Religiões são formadas a partir de crenças comuns, culturas, línguas, rituais e outras situações, mas a Espiritualidade não tem amarras, não se prende a templos, não se prende a dogmas, não se prende a leis. O espírito é livre, livre para criar, proteger, amar e perdoar.
A Umbanda veio para todos, especialmente para os mais pobres, daí o sentido da gratuidade. Gratuidade que não é apenas não se cobrar o pataco**, mas também se doar com amor, com devoção, tendo as portas abertas dialogando e respeitando cada qual como é. Assim é a Umbanda e assim ela crescerá cada vez mais. Já passou por muitas fases difíceis. Crescer não é a quantidade, mas a possibilidade de estar onde se necessita. Como Seu Zé já disse em vários momentos, não adianta abrir tantos templos sem a responsabilidade, a firmeza e o apontamento. Abrir a Umbanda ao mundo significa que cada médium, cada trabalhador seja, inclusive, encarnado ou desencarnado, é um verdadeiro templo, com seus defeitos, com as suas qualidades, com as suas particularidades, e permite que a partir desse templo jorre a Luz Divina para todos. Não se trata, portanto, de uma competição, de abrir filiais comerciais mundo afora. Não. A Umbanda não se trata disso. (…)”
* Trecho da psicofonia de Seu Zé Pelintra das Almas em 16/5/2020. Médium: Ademir Barbosa Júnior (Pai Dermes de Xangô).
**Dinheiro.
Gazeta de Limeira, Ano 90, nº 19.849, 15/01/2021, pág. 04